segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PODER DA MUSICA NA ADORAÇÃO

O verdadeiro louvor torna-se um meio pelo qual o poder de Deus opera no meio da Igreja. Existem vários fatores que tornam o louvor uma força influente e outros que podem até inutilizá-lo. O poder do louvor se relaciona a vários elementos: seu veículo, seu conteúdo, sua origem, seu propósito e seu agente.

Na maioria das vezes, o louvor tem a música como veículo. Encontra-se aí então um elemento poderoso. A música é uma linguagem universal e tem o poder de influenciar o corpo e a mente das pessoas em qualquer lugar do mundo, em qualquer cultura. Ritmo e melodia exercem influência psicológica, produzindo efeitos físicos diversos. O corpo é induzido ao movimento, de modo quase automático. A mente se torna receptiva quando a música é agradável. Desse modo, sentimentos são estimulados e comportamentos são alterados.

O poder da música explica sua ampla utilização no nosso dia-a-dia, seja nos anúncios comerciais, nos eventos, nas religiões, na política, na didática, nas forças armadas, no futebol, nas terapias, etc. Com ou sem motivo, com objetivo específico ou por simples prazer, a música está em toda parte em virtude do poder que lhe é inerente. As forças armadas se utilizam da música para estimular o patriotismo de seus soldados. Os hinos dos times de futebol também conseguem efeito semelhante em suas torcidas. Não é de se estranhar que alguns jogos terminem em guerra. Nas campanhas políticas, a música é usada para gravar na memória os nomes dos candidatos, seus números e suas ideologias. O mesmo recurso é usado por alguns professores, para que seus alunos guardem fórmulas matemáticas e regras gramaticais.

Ao ouvir uma música, podemos nos lembrar de fatos passados, lugares, pessoas, sentimentos, como se, por um momento, estivéssemos revivendo tudo aquilo. A música provoca estados emocionais diversos: agitação, calma, romantismo. Pode fazer rir ou chorar. Acrescentando a tudo isso a letra, a mensagem e o seu significado, teremos o poder musical multiplicado. A música é algo poderoso e isto é muito sério, pois o seu uso pode ser para o bem ou para o mal. Existem músicas que estimulam a rebeldia, a violência, o vício, o sexo e até mesmo o suicídio. Muitas pessoas têm seu comportamento influenciado pelo tipo de música que ouvem.

Quando trabalhamos com a música dentro da igreja, devemos estar conscientes de que estamos manipulando algo muito poderoso. Precisamos estar atentos para não usarmos a música de um modo que venha estimular o pecado. O poder do louvor é muito mais do que o poder da música. Mas esta abordagem nos permite compreender o princípio da questão. Através do louvor nós influenciamos as pessoas. Que tipo de influência estamos passando?

O poder da música foi criado por Deus. Contudo, é um princípio universal e está à disposição de todos. Até o Diabo usa a música para os seus fins escusos. Que nós possamos usá-la para a honra e para a glória do nosso Deus.

A música evangélica, quando usada corretamente, é poderosa para a fixação da palavra de Deus, para sua compreensão e para conduzir as pessoas à contrição ou ao júbilo na presença do Senhor. Para ter plena eficácia, nosso louvor precisa ter a unção e o poder do Espírito Santo, para que não sejam tímbaos sonoros, sem propósitos espirituais!

MUSICAS LINDAS X CORAÇÕES HIPÓCRITAS

“E ele (Jesus), respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mc. 7.6.) No texto de Marcos, constatamos que os fariseus cometiam o pecado do legalismo. Isto quer dizer que eles substituíam com palavras e práticas externas as atitudes internas requeridas por Deus oriundas do “novo nascimento”. Eles falavam palavras sábias e agiam como pessoas justas, mas sua motivação não partia do desejo sincero de obedecer e agradar a Deus. Neste episódio, os fariseus foram chamados hipócritas, isto é, atores, fingidos religiosos, dissimulados. Era assim que Jesus freqüentemente os considerava.

Ainda nos falta sensibilidade e discernimento para detectarmos o terrível erro do legalismo dentro de nossas igrejas. Se olharmos atentamente para os nossos atos de adoração, constataremos sem empecilhos a presença de exageros, mentiras, declarações inconseqüentes etc. Um bom começo é olhar as músicas que estão sendo cantadas. Já foi dito que as canções que entoamos nos cultos são por demais fantasiosas. Muitas falam de coisas que dificilmente serão postas em prática. São promessas que não serão cumpridas, declarações que não são verdadeiras, pedidos que não representam a vontade de Deus etc. Vamos citar um clássico exemplo. Responda-me com sinceridade: você poderia viver perfeitamente o que a música abaixo o força a prometer?

Eu nunca desanimarei,
Eu nunca deixarei de confiar em Ti,
Sempre estarei em oração Senhor,
Minha fé nunca será abalada (...)

Será que quando um cristão canta esta música, ele está ciente das lutas, tribulações e dúvidas que enfrentará? Será que o cristão continuará firme em oração até o final de seus dias? Será que manterá a promessa de persistir em oração por toda a sua vida? Outro exemplo:

Vivemos em total comunhão,
Aqui não existe mágoa, rancor, tristeza,
Porque somos totalmente unidos,
No amor de Cristo...

Será que estamos preparados para entoar canções como estas em nossas igrejas, sem que um ou outro irmão cante de forma enganosa? Será que realmente não existe mágoa ou tristeza no Corpo de Cristo? Vivemos realmente em total comunhão?

Caro leitor, vale dizer que o problema maior não são as músicas que cantamos, mas a vida que levamos. Isto porque em muitas ocasiões, nossa vida não sustenta as palavras que cantamos, ou o sermão que pregamos. É aí que mora o perigo; é aí que está o real problema.

Evidentemente creio que fazemos isto não porque desejamos conscientemente enganar a Deus. Contudo, às vezes falamos a Deus aquilo que achamos que ele quer ouvir, e não o que realmente está em nosso coração. Sem dúvida alguma isso é um tipo de engano. Por isso estes questionamentos acima são extremamente sérios e devem ser tratados com atenção e reflexão. Não estou dizendo que devemos parar de cantar tais tipos de músicas, mas digo que devemos ensinar e ajudar nossos irmãos a viverem os ensinamentos cristãos que estamos cantando.

Às vezes, quando cantamos, oramos ou pregamos, estamos fazendo promessas a Deus sem perceber. Contudo, muitas dessas promessas nunca serão cumpridas. Quantas delas já foram esquecidas? Neste ponto devemos tomar cuidado! Quando lemos o livro de Deuteronômio, vemos que Deus não se agrada deste tipo de atitude: “Quando fizeres algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.” (Dt. 23.21.)

O capítulo 30 de Números deixa claro que Deus requeria do seu povo o cumprimento das promessas feitas a ele. Deus fez os israelitas verem a seriedade de um voto ou promessa, e mostrou que a falsidade, a mentira e a hipocrisia não têm lugar entre o seu povo. Que esta lição possa valer para nós atualmente!

VIVENDO O QUE CANTAMOS PARTE 2

Certo dia eu cantava uma música do Ministério de Louvor Diante do Trono e instantaneamente meu espírito foi incomodado para prestar bastante atenção ao que eu acabara de declarar: “irei contigo, onde quer que fores meu Senhor, o teu chamado cumprirei na alegria ou na dor [..].” * Devido aos modismos muitas vezes, nós cristãos, temos cantado as músicas simplesmente por cantar. Será que você já se sentiu assim? Entramos na onda e sutilmente ignoramos o que proferimos.

Eu passei por isso! Fui confrontada. Eu pensei, será mesmo que eu irei? Passarei pela dor por Jesus? Nossa boca muitas vezes diz coisas que muitas vezes não estamos preparados para viver ou cumprir. Devemos lembrar que Deus vai nos questionar uma hora ou outra, pois se eu disse que estarei a disposição dele, chegará um momento em que ele vai me convocar. Isso é natural. Deus nos ensina e nos dá capacidade para realizar seus feitos, o que precisamos fazer é sempre estarmos convictos do que queremos e do que vamos fazer. Por isso é tão importante que vivamos o que cantamos e cantemos o que vivemos.

Depois desta situação, nunca mais cantei o que eu não me sentia preparada para fazer. Claro, que se tal atitude não era algo que Deus havia me questionado para fazer, caso contrário o melhor é obedecer sem questionar. Vou tentar ilustrar o que estou tentando expor com um exemplo: Se eu não estou preparada para morrer por Cristo, devo eu abrir a boca e falar para ele que eu estou preparada para ir como missionária para um país em que cristãos são perseguidos e mortos? Mas é claro que não. É isso que estou tentando dizer. Se eu falo tenho que cumprir. E isso serve para todas as coisas em nossa vida. Vivendo e aprendendo.

Isso não é uma tarefa fácil. Muitas vezes pecamos justamente naquilo que pregamos, questionamos ou aconselhamos. Além disso, ainda existe a pressão e as dificuldades mediante uma escolha positiva por Deus e sua vontade.

Que possamos abrir nossos lábios justamente para aquilo que estamos preparados para fazer. Se você se sente capacitado para dizer:“Cumprirei tua visão, cumprirei minha missão, morrerei se preciso for, por amor a ti” *, cante, mas cante com convicção.

Devemos lembrar que somos testados no que falamos. E é importante entender que buscar a Deus e fazer a sua vontade é muito valioso e vale a pena. Deus é maravilhoso e cuida de nós.

Portanto, amados irmãos, que possamos ser bons exemplos quando abrirmos os nossos lábios para proferir o que somos e o que prometemos ser ou fazer. Que Deus realmente possa contar conosco todos os dias de nossas vidas. Lembre-se que tudo aquilo que você se sente incapacitado para fazer é Deus quem vai lhe capacitar. E Deus jamais vai lhe exigir algo que você não poderá cumprir.

Tudo vai depender do que estamos dispostos a fazer por Deus!

Que o Senhor os abençoe cada vez mais!

Trechos de músicas utilizadas

Eis-me aqui / Esperança – DT / Ana Paula Valadão Bessa
Minha Paixão / Livre – Ministério Intimidade

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

É necessário viver o que pregamos e cantamos

Certo dia, fui confrontado com uma situação inusitada, e creio que Deus permite tais coisas para testar nossa fé!
Durante muitos anos tenho ouvido falar sobre autoridade, e obediência, e dos lábios de muitos líderes, o versículo de 1 Samuel 15:22b - "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.", como confronto de maneira errada sobre a interpretação real deste verso, pois, quando lemos o texto e o contexto em questão, observamos, que esta era uma repreensão sobre o pecado que Saul havia cometido, e não era correto, pecar com a intensão de oferecer sacrifício para expiação de pecado, pois não há como 'barganhar' com Deus a liberação de perdão dos pecados, hoje, nos tempo da Graça, Jesus já foi o nosso maior sacrifício, e pelo contrário de que muitos líderes apregoam, notamos que obedecer gera um sacrifício humano, pois toda obediência por muitas vezes, gera um renúncia, e a renúncia, sempre é sacrificial. Logo, ao meu ver obediência, muitas das vezes gera um sacrifício!
Eu e o co-líder do nosso Ministério de Louvor Gabriel Britto, estávamos conversando e fazemos umas ligações sobre, viver o que pregamos, e a importância disto, e observamos que, muitos sobem ao altar para ministrar o que não vivem, logo, proferem mentiras, por isso, não há libertação e transformação de vidas, nos tornamos apenas seres sonoros, ao invés de agentes de milagres, pelo fato de não vivermos o que pregamos! Logo, se não cantamos e pregamos o que vivemos, não falamos a verdade, e se mentimos, proferimos em nome de satanás e não de Jesus, por este motivo, não há transformações de vidas!
Durante muito tempo, eu me retive em cantar uma música muito conhecida, do grupo Toque no Altar, Chamada "ABRO MÂO", eu nunca conseguia cantar esta música, pois o que eu mais temia, aconteceu!
Estou de férias em março de 2011, e já estava com tudo programado, minha viagem dos sonhos, desde antes de entrar para a equipe de louvor que hoje faço parte, estou me preparando a exatamente um ano para esta viagem, ansioso, para a chegada das férias, afim de descansar em um hotel resort na região do nordeste do Brasil! uau! que maravilha, porém, no dia 19/12, um domingo, após o nosso ensaio, o nosso amado líder nos trouxe uma noticia, que TODOS, os líderes e participantes da equipe de música, deveriam estar presentes no retiro de carnaval, ou senão, estariamos por sua vez disciplinados! Ordens superiores!!! E agora? O que fazer??? Cancelar a viagem dos sonhos e pagar uma multa 'carissima', ou viajar e ficar disciplinado por um tempo ainda indeterminado?
A música que citei acima, em um trecho diz: "Abro mão dos meus sonhos, abro mão dos meus planos, abro mão da minha vida por ti!" Como é fácil cantar isto de lábios, mas agora era o momento de viver o que um dia proferi!
Cancelei a viagem dos meus sonhos, para estar no retiro da Igreja! E ter propriedade para ministrar sobre o assunto!

Estar atento na adoração, para não mentirmos a Deus!
Sempre quando realizamos nossos ensaios, temos o momento, de passagem geral da música, com todos os cantores e músicos, é o momento que dizemos 'a vera', e fico muito triste, quando nesses momentos, importantes não fazemos do nosso ensaio a adoração genuína, e apenas proferimos a letra melodiosamente, sem atentar para o que estamos cantando.
Rory Noland, descreve que em uma obra de Shakspeare, Hamlet, ha uma frase do rei Claudio que diz: "minhas palavras voam, mais meus pensamentos permanecem aqui em baixo, palavras sem pensamento não chegam ao céu!"
Não podemos jamais, falar sem pensar, temos que ser racionais, o nosso culto é racional, Romanos 12:1 - "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" Estar consciente do que proferimos durante o momento do louvor, é muito importante, não é simplesmente falar o que esta escrito nos projetores melodiosamente, acompanhando a música, há um compromisso por trás disto!
Gary Tomas escreve:
"Fico surpreso ao perceber quanto posso ser displicente ao cantar músicas sem compromisso profundo de profundo compromisso, quase heróico. É como se pensasse: Contanto que eu esteja cantando, as palavras que digo, não são importantes. Deus sabe que é simplesmente uma música. Enquanto minha mente vagueia, prometo curvar-me diante do Senhor, proclamar o seu nome nos confins da terra e até morrer para expressar minha fé. Essas palavras, entretanto podem ser cantadas com uma emoção apenas um pouco maior do que a que sinto quando estou pedindo um hambúrguer. Como é comum, nós cristão, tomarmos em vão o nome do Senhor na adoração!
Um exemplo real, é quando fazemos repetidamente a oração do Pai Nosso na abertura dos nossos cultos, uma oração tão linda, que Jesus nos ensinou, que por muitas vezes banalizamos!!! (grifo meu)
Isso é uma adoração sem convicção, e com muito fingimento, e com certeza entristece o coração do Pai, e foi o que fez Jesus lamentar, dizendo:
"Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim"
É necessário aprendermos com o que aconteceu com Ananias e Safira que mentiram a Deus, achando que podiam enganar aos homens com sua falsa atitude (leia Atos 5)
Que o Espírito Santo, venha gerar maior temor em nós, a fim de que sejamos verdadeiros adoradores, que realmente, adoram ao Pai em espírito e em verdade!